segunda-feira, 3 de agosto de 2009

"Cabamacho"

Otacílio, vulgo Ciço, guitarrista freelancer de banda de forró. Morador do morro "Pau do Urubu", onde nasceu e foi criado. Lá conheceu Matilde, uma branca de cor e preta de vontade. Tinha mamas para alimentar uma nação e ancas que serviam como ponto de referência. Ele se apaixonou. Ela gostou. Se juntaram.
No mês da fogueira, Ciço viajava, dia e noite, tocando seu "pau eletrico", até aquela noite, quando não recebeu a paga pelo show e resolveu debandar antes do fim da festa. Nesse dia ele chegou em casa em hora diferente. Lá encontrou o que segundo os companheiros de cachaça e salão, homem nenhum deveria encontrar: sua mulher trepando com o "Só osso", sujeito despreparado para a vida, bebia tanto que nem sóbrio prestava. Não se sabe nem o nome verdadeiro do individuo, era "Só osso". Avistando aquela cena teve a mais criativa das idéias que um corno pode ter: Sacou do vinte e dois escondido nos fundos da calça, mandou a mulher levantar da cama e pegar o tubo de "colatudo".
"Só osso" nem murchou, ainda tava de pau duro quando a mulher, com a mão empapada da cola, agarrou, e lá ficou.

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